Hobbit e anões contra dragão em "A Desolação de Smaug"
Os fãs de Tolkien bem podem procurar no livro O Hobbit a personagem de Tauriel, a elfa capitã da guarda real, interpretada pela carinha laroca Evangeline Lily em O Hobbit: A Desolação de Smaug, a segunda parte da trilogia adaptada daquele por Peter Jackson (estreia-se hoje). Tauriel não está lá, não existe. Ela foi criada pelos argumentistas expressamente para o filme, com base numa das muitas notas dos apêndices de O Senhor dos Anéis, para que existisse uma personagem feminina guerreira e carismática, que fizesse par com Legolas e servisse de interesse romântico.
Também Legolas (Orlando Bloom) não participa em O Hobbit, mas surge igualmente em A Desolação de Smaug, sempre a matar orcs que se farta. Peter Jackson explicou que a presença de Legolas na segunda e terceira partes da adaptação cinematográfica de O Hobbit se justifica, para que ele sirva de "elo de ligação" entre esta trilogia e O Senhor dos Anéis.
A explicação para estas liberdades élficas é aceitável. Mas é também claro para qualquer fã de Tolkien que tendo em conta que Jackson "esticou" a adaptação de O Hobbit para três filmes em vez dos dois inicialmente previstos, era preciso reforçá-los com peripécias e personagens que não fazem parte do livro (caso também de Azog, o orc branco, apenas brevemente mencionado nos citados apêndices) embora, de uma forma ou outra, pertençam ao universo da Terra Média e não soem deslocadas ou artificiais.
Veja o trailer do filme:
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